Cinco motivos para migrar do RevMan para o R

R x RevMan2

Provavelmente, o Review Manager (RevMan), que é o programa de uso gratuito produzido pela colaboração Cochrane, é o software mais utilizado para a realização de metanálises O programa é de fácil utilização e, para quem está tendo seu primeiro contato com metanálise, certamente é uma boa escolha. Por esse motivo, em nosso curso introdutório de revisão sistemática e metanálise, utilizamos o RevMan como software de escolha.

O foco deste post é para pessoas que já tiveram contato com o RevMan e gostariam de avançar um pouco: seja em análises mais práticas, seja em melhores gráficos, ou seja em análises mais aprofundadas, como meta-regressão ou metanálise em rede. Vamos então aos 5 motivos que selecionamos para você pensar sobre fazer esta migração:

1. É menos difícil do que se imagina usar o R

Talvez uma das principais barreiras para utilizar o R é o temor de manusear um programa onde damos menos “cliques” (como é o caso do RevMan) e temos que conhecer sua linguagem de programação. Isto é realmente um potencial problema, porém, o R tem bastante materiais de suporte para os usuários, e, com o complemento do R Studio, a utilização não fica bem menos complexa.

2. É mais rápido para entrar os dados

Para colocarmos os dados para dentro do RevMan, é necessário incluirmos os nomes dos estudos um a um. Em uma metanálise grande, com por exemplo 30 estudos, isso é um tanto trabalhoso. Além disso, para cada análise de cada desfecho, temos que ir remontando o banco e copiando e colando do Excel, o que certamente é trabalhoso. No R, após a importação do banco em Excel, não é necessário todo este tempo – na verdade, o banco já está pronto para analisar.

3. As análises são mais replicáveis, por causa do código de programação

Se por um lado é fácil darmos os “cliques” no RevMan, por outro lado, para cada nova análise, temos que fazer os cliques todos novamente. No R, podemos salvar o código de programação. Para quem trabalha com frequência com metanálise, essa é uma vantagem considerável: se tivermos disciplina de mantermos os nomes de variáveis parecidos em diferentes bancos de dados (por exemplo: N_Eventos_Tratamento, N_Total_Tratamento, N_Eventos_Controle, N_Total_Controle), basta darmos um único “clique” (que é justamente: rodar o código já programado para análises) que teremos todas as análises rapidamente realizadas. Certamente que análises posteriores, como explorar a heterogeneidade, vão variar caso a caso, mas as análises básicas já estarão salvas e poderão ser muito facilmente replicadas.

4. Mais flexível para edição de gráficos

O RevMan é razoavelmente “engessado” para criação de gráficos – não podemos mexer em algumas das legendas, tampouco nas cores, tamanhos e outros aspectos dos gráficos. O R é extremamente flexível (e, nas versões atuais, produz gráficos com ótimo aspecto visual), e também pode salvar gráficos em formato vetorial, que são solicitados por algumas revistas. O gráfico padrão, por exemplo, tem caixas cinza, mas podemos colocar a cor que quisermos, como no exemplo abaixo, com caixas azuis.

R

5. Permite mais análises, para usuários que querem começar a avançar

O RevMan permite as análises básicas, com apenas análise de subgrupo para explorar heterogeneidade. Isso seguidamente não será o suficiente, e teremos que lançar mão de meta-regressão, entre outras análises mais aprofundadas. O R é justamente um dos programas de metanálise que tem esses recursos.

 

Próximos passos

Quer se aventurar um pouco? Acesse nosso tutorial de metanálise em R, que apresenta os primeiros passos para a utilização desse software.

Para usuários que querem migrar para o R e se aprofundar um pouco mais nesse tema, a HTAnalyze possui cursos específicos de metanálise utilizando este software – próximo será no dia 06/07/2017 e está com inscrições abertas!

 

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